Situationship: Por que esse tipo de relacionamento virou o mais buscado no Google?

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Em meio a um cenário em que os relacionamentos se transformam com a mesma velocidade dos algoritmos, um termo ganhou destaque nas buscas do Google: situationship. Mas afinal, o que está por trás desse novo modelo de vínculo afetivo que mistura romance, amizade e muita ambiguidade?  💭 O que caracteriza uma situationship?
Uma situationship é, essencialmente, um relacionamento indefinido. Não é exatamente uma amizade, nem um namoro — e dificilmente se encaixa em um rótulo claro. As pessoas envolvidas vivem momentos de intimidade e conexão emocional (às vezes até sexual), mas sem uma conversa formal sobre compromisso ou expectativas mútuas.  É o famoso "estamos ficando", mas com duração indefinida e sem saber se um dia aquilo vai virar algo mais sério — ou simplesmente acabar.  🧠 Por que se tornou tão comum entre millennials e geração Z?
Esse tipo de relação cresceu especialmente entre jovens adultos por alguns motivos culturais e comportamentais:  Medo de compromisso (ou de se machucar);  Valorização da liberdade individual;  Cultura do "deixa rolar" e do imediatismo;  Influência dos apps de relacionamento, que oferecem infinitas possibilidades e dificultam a construção de vínculos profundos;  Insegurança emocional, muitas vezes ligada ao medo de rejeição.  Como explica a psicóloga clínica Renata Ribeiro, especialista em relacionamentos contemporâneos:  “A situationship muitas vezes surge quando há conexão, mas nenhuma das partes se sente segura para assumir uma vulnerabilidade emocional ou comunicar o que realmente deseja.”  💔 Impactos emocionais: entre a esperança e a frustração
Ainda que pareça confortável no início, esse modelo pode trazer consequências importantes:  Ansiedade constante: por não saber onde se está pisando.  Autoestima abalada: quando um dos envolvidos sente que não é o suficiente para "ser escolhido".  Dificuldade de se abrir a novas conexões: por estar emocionalmente preso a algo indefinido.  Sensação de não pertencimento: como se estivesse sempre "quase" em um relacionamento.  ✅ Checklist: Você está em uma situationship?
Veja alguns sinais que podem indicar esse tipo de vínculo:  Vocês passam tempo juntos com frequência, mas evitam falar sobre o que “são”.  Não há planos futuros definidos como casal.  Um ou ambos evitam demonstrar afeto em público.  Você sente que está sempre pisando em ovos para não “assustar” o outro.  Existe intimidade, mas também uma constante sensação de insegurança.  Você não sabe se está solteiro(a) ou comprometido(a).  Se você respondeu "sim" para 3 ou mais itens, é bem provável que esteja vivendo uma situationship.  🗣 O que dizem os especialistas?
Para o terapeuta de casais Carlos Medeiros, esse modelo pode funcionar se ambas as partes estiverem alinhadas emocionalmente e conscientes da ausência de compromisso.  “O problema começa quando um quer mais e o outro apenas quer manter o conforto da indefinição. Aí surgem as frustrações, a ansiedade e até um ciclo de autossabotagem afetiva.”  🛤 Como sair dessa “zona cinzenta”?
Se você está em uma situationship e percebe que deseja algo mais claro, aqui vão algumas sugestões:  Reconheça o que você sente e o que deseja.  Tenha uma conversa honesta e objetiva com a outra pessoa — sem cobranças, mas com clareza.  Observe a reação do outro: evasão e justificativas constantes são sinais claros de que talvez você e essa pessoa não estejam na mesma sintonia.  Respeite seus limites emocionais. Ficar onde você não se sente seguro(a) pode custar caro para sua saúde mental.  Busque apoio terapêutico, se necessário. Um olhar profissional pode te ajudar a identificar padrões repetitivos e resgatar sua autoestima afetiva.  💬 Conclusão
A situationship pode parecer uma solução leve e sem pressões, mas quando não existe alinhamento emocional entre as partes, ela se transforma em um terreno perigoso para o coração. Saber o que você quer — e ter coragem para comunicar isso — é o primeiro passo para se tirar da zona cinzenta e construir relações mais conscientes, recíprocas e verdadeiras.

Em meio a um cenário em que os relacionamentos se transformam com a mesma velocidade dos algoritmos, um termo ganhou destaque nas buscas do Google: situationship. Mas afinal, o que está por trás desse novo modelo de vínculo afetivo que mistura romance, amizade e muita ambiguidade?

O que caracteriza uma situationship?

Uma situationship é, essencialmente, um relacionamento indefinido. Não é exatamente uma amizade, nem um namoro — e dificilmente se encaixa em um rótulo claro. As pessoas envolvidas vivem momentos de intimidade e conexão emocional (às vezes até sexual), mas sem uma conversa formal sobre compromisso ou expectativas mútuas.

É o famoso “estamos ficando”, mas com duração indefinida e sem saber se um dia aquilo vai virar algo mais sério — ou simplesmente acabar.

Por que se tornou tão comum entre millennials e geração Z?

Esse tipo de relação cresceu especialmente entre jovens adultos por alguns motivos culturais e comportamentais:

  • Medo de compromisso (ou de se machucar);
  • Valorização da liberdade individual;
  • Cultura do “deixa rolar” e do imediatismo;
  • Influência dos apps de relacionamento, que oferecem infinitas possibilidades e dificultam a construção de vínculos profundos;
  • Insegurança emocional, muitas vezes ligada ao medo de rejeição.

Como explica a psicóloga clínica Renata Ribeiro, especialista em relacionamentos contemporâneos:

“A situationship muitas vezes surge quando há conexão, mas nenhuma das partes se sente segura para assumir uma vulnerabilidade emocional ou comunicar o que realmente deseja.”

Impactos emocionais: entre a esperança e a frustração

Ainda que pareça confortável no início, esse modelo pode trazer consequências importantes:

  • Ansiedade constante: por não saber onde se está pisando.
  • Autoestima abalada: quando um dos envolvidos sente que não é o suficiente para “ser escolhido”.
  • Dificuldade de se abrir a novas conexões: por estar emocionalmente preso a algo indefinido.
  • Sensação de não pertencimento: como se estivesse sempre “quase” em um relacionamento.

Checklist: Você está em uma situationship?

Veja alguns sinais que podem indicar esse tipo de vínculo:

  • Vocês passam tempo juntos com frequência, mas evitam falar sobre o que “são”.
  • Não há planos futuros definidos como casal.
  • Um ou ambos evitam demonstrar afeto em público.
  • Você sente que está sempre pisando em ovos para não “assustar” o outro.
  • Existe intimidade, mas também uma constante sensação de insegurança.
  • Você não sabe se está solteiro(a) ou comprometido(a).

Se você respondeu “sim” para 3 ou mais itens, é bem provável que esteja vivendo uma situationship.

O que dizem os especialistas?

Para o terapeuta de casais Carlos Medeiros, esse modelo pode funcionar se ambas as partes estiverem alinhadas emocionalmente e conscientes da ausência de compromisso.

“O problema começa quando um quer mais e o outro apenas quer manter o conforto da indefinição. Aí surgem as frustrações, a ansiedade e até um ciclo de autossabotagem afetiva.”

Como sair dessa “zona cinzenta”?

Se você está em uma situationship e percebe que deseja algo mais claro, aqui vão algumas sugestões:

  1. Reconheça o que você sente e o que deseja.
  2. Tenha uma conversa honesta e objetiva com a outra pessoa — sem cobranças, mas com clareza.
  3. Observe a reação do outro: evasão e justificativas constantes são sinais claros de que talvez você e essa pessoa não estejam na mesma sintonia.
  4. Respeite seus limites emocionais. Ficar onde você não se sente seguro(a) pode custar caro para sua saúde mental.
  5. Busque apoio terapêutico, se necessário. Um olhar profissional pode te ajudar a identificar padrões repetitivos e resgatar sua autoestima afetiva.

A situationship pode parecer uma solução leve e sem pressões, mas quando não existe alinhamento emocional entre as partes, ela se transforma em um terreno perigoso para o coração. Saber o que você quer — e ter coragem para comunicar isso — é o primeiro passo para se tirar da zona cinzenta e construir relações mais conscientes, recíprocas e verdadeiras.


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