Passamos a maior parte do dia enclausurados no trabalho – isso é, se você é um daqueles afortunados com um emprego de tempo integral. Ah, e como é invejável quem encontrou o tal ’emprego dos sonhos’! No entanto, quando o trabalho transforma-se numa tortura insuportável ou te arrasta para a doença, a sorte deixa de ter voz.
De fato, vasculhando as informações frias e calculistas das seguradoras de saúde e daqueles que cobrem doenças arrastadas ou incapacidades profissionais, notamos um padrão alarmante – as enfermidades psicológicas não param de subir.
Aparentemente, há um elo secreto e perturbador com a terrível frustração no trabalho, mesmo que este laço insidioso não seja tão óbvio em doenças do corpo.
Então, o que fazemos? Como evitar converter nosso ganha-pão em um cálice de tédio ou veneno para a saúde?
Se a frustração te domina no trabalho, é hora de sacudir a poeira e dar a volta por cima. A sua ação ou inércia pode tanto te levar ao sucesso ou te arrastar ao funesto destino da “Missão Impossível” de criar um oásis livre de frustração no deserto da rotina corporativa – falo aqui de iniciativa própria.
E não é um luxo, é um requisito essencial se queres novamente sorver o néctar do prazer laboral. Depende única e exclusivamente de você ir para o trabalho motivado, ou não.
Aquele que encara a frustração de frente, que enfrenta e dizima as raízes da amargura, tem em suas mãos a chave para desbloquear um retorno triunfal à alegria de trabalhar. Já o sujeito que fica lá, paralisado, permitindo que o mundo gire ao seu redor sem se mover, esse já se rendeu sem lutar.
A iniciativa pessoal é o escudo contra a impotência e a certeza de ter algum domínio sobre o próprio destino, não sendo joguete dos caprichos e da arbitrariedade alheia. Mas como iniciar essa revolução? Mudar os outros? Te desejo boa sorte tentando.
A mudança deve começar contigo – sim, tá na hora de olhar você no espelho. Tomar as rédeas do próprio ser significa um exercício constante de autoanálise e autodesenvolvimento. Você deve se questionar: “Quais são as fontes de tanta frustração no meu local de trabalho?”
O próximo passo é questionar-se criticamente. Uma vez identificadas as causas, é importante eliminá-las – e é exatamente aqui que você pode começar a trabalhar em si mesmo.
- Que opções você tem para eliminar as causas da frustração no trabalho?
- Como aumentar a renda? Um trabalho de meio período é uma opção?
- Você pode alterar a distribuição do horário de trabalho?
- O tempo parcial é uma opção ou uma semana de quatro dias com jornadas de trabalho diárias mais longas?
- Você encontra seus colegas de mau humor todos os dias?
- Você tem problemas com a autoridade do seu chefe?
- Como você pode eliminar a sobrecarga?
- O que você deve fazer se estiver pouco desafiado?
- O treinamento adicional ajuda se você não tiver habilidades?
- A transferência para outro cargo é uma opção?
- Você está procurando conteúdo de trabalho novo e desafiador?
Agora, acorde e pare de se fazer de vítima. Olhar no espelho e perguntar a si mesmo como pode dar um basta nos motivos da sua própria infelicidade é a única jogada que resta se você estiver vagando pela vida com motivação zero – pelo menos você tem o mérito de fazer algo, e não ficar na inércia.
Quando estiver a ponto de jogar a toalha, porque nada mais parece fazer efeito – é hora de buscar a cavalaria. Se você não consegue se arrastar para fora do buraco sozinho, então talvez precise de um empurrão profissional. A orientação de um escritório de recolocação ou de um coach de carreiras pode iluminar o seu caminho.
Problemas de saúde? Não seja tímido, corra para o seguro de saúde ou para um médico. Técnicas de relaxamento não são brincadeira, e podem ser aprendidas rapidamente para você finalmente conseguir um respiro dessa sua rotina sufocante.
Não se esqueça, exercício não é só para fazer músculo. Ele é crucial para turbinar sua saúde mental e física, além de forçar você a dar um tempo da escravidão laboral. Experimente também algum hobby artístico ou manual, que possa trazer um pouco de felicidade para o seu dia cinza e servir como um alívio bem-vindo de uma existência dedicada ao trabalho.
Ou então, se você estiver sentindo um vazio existencial, envolva-se com projetos sociais ou comunitários – vai ver o que realmente importa na vida. No fim, o que importa mesmo é ter algo que faça você se sentir vivo, que faça você se lembrar que não é apenas uma máquina de produzir dinheiro.
E se a coisa ficar feia de verdade no trabalho, se a frustração virar um monstro e nem suas iniciativas ou o auxílio alheio resolverem, talvez seja hora de considerar o tchau. Mas olhe bem antes de pular fora desse barco.
Então, se você acha que está pronto para um recomeço? Preste atenção nestes sinais incontestáveis:
- Insatisfação persistente: Se você se sente infeliz e insatisfeito todos os dias, este é um sinal claro.
- Queixas físicas e psicológicas: Estresse persistente, distúrbios do sono, dores de cabeça ou humor depressivo
- Falta de motivação: Sentir que precisa se forçar a ir trabalhar todas as manhãs
- Falta de perspectivas: Não há perspectiva de desenvolvimento profissional ou melhoria da situação
- Conflitos no trabalho: Discussões constantes com colegas ou superiores
- Valores e objetivos não coincidem: Quando seus próprios valores e objetivos não correspondem mais aos da empresa
- Sem equilíbrio entre vida pessoal e profissional: Quando o trabalho domina sua vida privada e não sobra tempo para relaxar
- Baixa apreciação: Falta de reconhecimento e apreciação pelo trabalho realizado
- Rescisão interna: Quando você se despediu internamente do trabalho
- Alta pressão para executar: Pressão constante para executar, expectativas excessivas e a sensação de nunca ser bom o suficiente
Chega de Mimimi no Trabalho
Vamos lá, acorde! Gerenciar frustração no local de trabalho não é nenhum bicho de sete cabeças – é uma questão de pegar o touro pelos chifres. Esperar que alguém venha em seu socorro? Esqueça! A cavalaria não virá. É hora de parar de chorar sobre o leite derramado e tomar as rédeas da situação.
Não fique aí parado esperando o burnout te abraçar enquanto você se afoga em autopiedade. Acorde para a vida e quebre esse ciclo infernal por conta própria. Afinal, é muito melhor ser o capitão do seu navio do que um marujo à deriva, jogado pelas ondas de decisões alheias.
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