Chega dezembro e ficamos espantados da maneira que o ano passou rápido. Para a maioria das pessoas a sensação é ótima, pois elas têm a chance de “começar” tudo de novo no próximo ano, mas para outras o final do ano gera uma sensação de oportunidades perdidas. Aprenda algumas dicas de como ter um ano mais feliz e produtivo.
A especialista em autoconhecimento e inteligência comportamental, Heloísa Capelas, autora do livro O Mapa da Felicidade, explica para você o porquê dessa sensação de que o ano acabou e não foi totalmente útil. Confira!
Como podemos nos preparar para um 2016 mais feliz e produtivo, possível de realizar metas e alcançar nossos objetivos?
É muito comum essa sensação de que o ano acabou e não foi totalmente útil. Os astrônomos já disseram que o eixo da terra mudou e nossas 24 horas não são mais 24 horas. De fato, o tempo está passando mais depressa e precisamos ter consciência de que ele é precioso. É minha consciência no tempo e no espaço. O que é que eu tô fazendo aqui com o espaço que eu ocupo e com o tempo que eu tenho? A consciência pra mim é a saída para nós termos a sensação de ter usado melhor o tempo e encerrar dizendo ‘eu tive um ano útil’.”
Tem algo no ser humano que é a insatisfação, o querer sempre mais, e por isso evoluímos:
O que eu conquistei esse ano, eu digo ok. E o que mais para o ano que vem? Existe uma autocrítica muito pesada a nosso respeito, uma cobrança muito grande. Por isso, aproveite essa época e faça uma avaliação honesta: teve muita perda de tempo. Mas teve muita coisa interessante que você fez, conseguiu, fechou. Tem coisa que faltou e tem coisa que você fez, e por isso parabéns.”
Um novo ano se aproxima e precisamos nos preparar para sermos mais felizes e positivos, mesmo diante de tantas coisas ruins acontecendo ao redor:
A coisa mais importante para nós diante momentos de crise ou na avaliação externa das pessoas, com críticas e julgamento, é não tomar como pessoal. Elas não estão fazendo isso contra mim. A crise não está contra você. Pelo contrário. Se você estiver presente e consciente nesse tempo, você vai ver que estamos vivendo um tempo muito bom: de revisão dos nossos valores. Vivemos uma crise de valor. O momento é ideal para pensarmos o que é que queremos. Que ano eu vou desenhar pra mim? A única possibilidade de eu fazer mudanças é a partir de mim. Olhando pra mim e vendo o que eu quero pra o ano que vem. O cenário é o cenário. Lembrando que todos nós somos responsáveis por termos construído esse cenário. Essa crise que está lá fora só é resultado do que nós fizemos.”
Com relação à produtividade do tempo, é preciso evitar nos deixar levar apenas pelo piloto automático:
A rotina destrói relacionamentos, as melhores intenções, nos leva a fazer aquilo que já fazíamos. Uma zona de conforto que é miserável. É preciso se pegar pelo colarinho e dizer ‘eu vou sair’. Esta noite, na terça-feira, eu vou ao cinema. Na quinta-feira, no almoço, eu vou fazer yoga. Eu vou mudar de restaurante. Precisamos propor uma mudança de horário de acordar e de dormir. Só isso já faz uma mudança mental, já conta para o nosso cérebro que estamos em processo de mudança. A rotina é muito útil para a criança, porque está em fase de construção e precisa de segurança. Como nós não crescemos emocionalmente, buscamos a rotina porque ela também nos dá segurança. Quando algo nos tira da rotina, a gente fica bravo, em vez de ver a oportunidade de fazer algo novo e diferente.”
Muita gente começa a fazer planejamento para um novo ano com metas impossíveis:
Isso acontece porque a gente confunde sonho com meta. Objetivo com meta. Sonho é algo que a gente precisa ter. Nada foi criado neste mundo que não tenha sido sonhado antes. Sonho não tem lógica, não tem data. É sonho que eu ainda vou ser bailarina, astronauta. Pode ser, mas preciso de um objetivo, um propósito na vida. Para que eu levanto todo dia de manhã? A meta é objetivo com data. O que eu vou estabelecer dia 31 de dezembro são metas. Eu não tenho data quando é que eu vou fazer uma viagem de volta ao mundo, mas eu tenho sonhos. O meu objetivo de vida é fazer o caminho do autoconhecimento: é sair dessa vida melhor do que eu entrei. É ser melhor. Eu sonho dar a volta ao mundo no próximo ano. Eu não tenho dinheiro, não tenho estrutura. Se tem data, tem tamanho. O que eu posso fazer no próximo ano, para chegar no final do ano e dizer: eu disse que ia fazer e eu fiz. Eu não vou dar a volta ao mundo, mas vou viajar pra outro continente. Isso dá pra fazer”, finaliza Heloísa Capelas.
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