Você resiste a uma mesa cheia de doces e guloseimas? Bolos, pudins, brigadeiros e paçoca. Difícil é manter o foco na dieta, especialmente nessa época do ano, quando as prateleiras dos supermercados estão cheias de doces típicos de festa junina.
O problema é que todo esse excesso de doçura preocupa muito além da boa forma. Reduzir o consumo e optar pelos adoçantes já não é apenas uma questão estética e sim de saúde, visto que a alta ingestão do alimento aumenta o risco de diversas patologias como Hipertensão, Obesidade e o Diabetes.
Para ter uma vida saudável e prevenir essas e outras alterações metabólicas, é fundamental diminuir o consumo ou buscar alternativas mais saudáveis.
Açúcar x Saúde
O tipo de açúcar mais popular e mais consumido no Brasil e no mundo é sem dúvidas a sacarose, que nada mais é do que aquele pó branco e refinado que compõe a mesa dos brasileiros e adoça o cafezinho logo pela manhã.
O problema é que o ingrediente não agrega nenhum benefício para quem o consome, pelo contrário, por ser um carboidrato simples, de alto índice glicêmico, ele é capaz de resultar no ganho de peso e outras disfunções metabólicas se consumido em excesso.
A nutricionista esportiva Luciana Guerreiro, explica porque o alimento é considerado uma caloria vazia:
O produto é extraído da cana, ou seja, é natural, no entanto, para chegar a aparência que conhecemos na mesa, ele passa por diversos processos químicos que removem todos os nutrientes presentes na planta, dessa forma o ingrediente perde todo o seu valor nutricional”.
Alto índice glicêmico
A ingestão carboidratos simples como o açúcar eleva a concentração glicêmica do corpo, através da produção de insulina – hormônio responsável por transportar a glicose para dentro das células afim de que ela seja usada como fonte de energia.
No entanto, Luciana afirma que quando esses picos glicêmicos acontecem com frequência, o organismo tende a desenvolver resistência ao hormônio:
Dessa forma o organismo não utiliza a glicose de forma adequada, assim sua concentração no sangue aumenta e ocasiona a temida Diabetes. Além disso, esse excesso que não chega até as células é armazenado no tecido adiposo, podendo aumentar a gordura corporal e o triglicérides”.
Confira os tipos e escolha o melhor para você!
Os naturais
Xilitol
Apesar do nome diferenciado, a substância nada mais é do que um adoçante natural encontrado nas fibras de diversos vegetais, entre eles o milho, a framboesa, a ameixa e, até mesmo, alguns tipos de cogumelos.
Atualmente o Xilitol é promovido por organizações de saúde como uma alternativa mais saudável ao açúcar de mesa.
Ele é menos calórico e também exerce um impacto menor sobre a taxa glicêmica do indivíduo, pois ele é absorvido lentamente pelo organismo, dessa forma, é incapaz de causar alterações rápidas nos níveis de glicose” – explica a nutricionista.
Stevia
O que faz o Stevia ser um adoçante atraente é que assim como a Sucralose, o corpo humano não digere ou metaboliza o glicosídeo, um composto que dá um sabor 300 vezes mais doce que o açúcar comum.
Desta forma não há consumo de calorias, pois o glicosídeo de esteviol, não se modifica no trato intestinal e tem um índice glicêmico reduzido a zero, por isso é recomendado para os diabéticos”.
O Stevia pode ser utilizado em temperaturas quentes de até 200ºC, por isso já é comum encontrá-lo no preparo de chás, bolos, e, recentemente alimentos industrializados como refrigerantes, sucos processados, chocolates e gelatinas. Por ter calorias baixas e mais doçura que o açúcar, entre 40 a 300 vezes mais, as pessoas podem o consumir mais despreocupadas.
Utilizado por pessoas que desejam emagrecer, o adoçante é altamente recomendado para integrar dietas de baixa caloria.
Fuja dos artificiais
Aspartame
O aspartame nada mais é do que um adoçante artificial encontrado em muitos produtos industrializados.
Seu grande problema é sua composição: 40% de Ácido Aspártico, 50% de Fenilalanina e 10% de Metanol. Este último elemento presente na fórmula do adoçante serve apenas para unir os dois aminoácidos e é capaz de se transformar em um radical livre extremamente perigoso e venenoso, se submetido a temperaturas altas.
Já a Fenilalanina também pode ser muito danosa aos diabéticos e às pessoas sensíveis à essa substância, portadoras de uma patologia que rejeita esse elemento, conhecida como Fenilcetonúria:
Apesar de rara, a enfermidade é caracterizada por dificultar a metabolização da Fenilalanina no organismo e causar doenças sérias como a deficiência mental irreversível em crianças” – explica a profissional.
Sucralose
A sucralose também pertence ao grupo dos adoçantes artificiais, porque é feito por meio do processamento do açúcar branco, mas tem uma composição química distinta.
A substância praticamente não contém calorias, pois não é reconhecida pelo organismo, o que faz com que continue intacta e passe sem ser metabolizada pelo sistema digestivo. Além disso, apesar de ser um composto extremamente doce, o adoçante praticamente não altera a taxa glicêmica e, portanto, não influencia a produção de Insulina.
Alternativas para o açúcar refinado:
Apesar de também conter um alto índice glicêmico, com exceção do açúcar do coco, existem ainda outras categorias que são consideradas mais saudáveis que o tradicional açúcar de mesa.
Açúcar mascavo
- Este é o primeiro subproduto extraído da cana e por isso conserva alguns nutrientes como o cálcio, ferro, potássio e outros sais minerais. Sua coloração é mais escura e sua textura é mais arenosa pois ele sofre menos processos químicos e seu sabor semelhante ao da planta.
Açúcar demerara
- Esta versão sofre um processo de refinamento leve, ou seja, sem aditivos químicos, o que preserva parte do valor nutricional da cana e ainda confere uma textura mais refinada e clara em relação ao mascavo.
Açúcar orgânico
- Desde o plantio até a industrialização, esta versão não recebe nenhum aditivo químico, por isso ela é altamente nutritiva e capaz de adoçar quase tanto quanto o açúcar refinado.
Açúcar de coco
- Feito à base de coco, este tipo de açúcar ainda não é muito popular, no entanto, é uma aposta promissora, devido ao seu baixo índice glicêmico. A versão conserva um sabor residual do fruto e tem um potencial adoçante menor em relação aos demais.
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