A 23ª edição da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe foi iniciada no Brasil em 12 de abril. O Ministério da Saúde estima imunizar cerca de 90% dos brasileiros contra a influenza, doença que atinge milhares de pessoas todos os anos.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no período do outono e inverno, a gripe atinge cerca de 5% a 15% da população, resultando em até 5 milhões de casos graves e 500 mil mortes ao redor do mundo.
Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, explica que a doença geralmente se manifesta por meio de irritação na garganta, tosse seca e congestão nasal e pode evoluir para febre, dor no corpo e expectoração.
Os sintomas são similares aos apresentados pelo coronavírus, mas para gripe já existe um forte controle preventivo. A campanha se torna importante para reduzir a circulação da influenza, diminuir o número de hospitalizações, além de facilitar o diagnóstico da Covid-19 por exclusão, uma vez que os sinais apresentados são semelhantes”, aponta.
Segundo o especialista, o influenza passa por diversas mutações ao longo do ano, impedindo sua erradicação. Com isso, as doses do imunizante também são fortalecidas e modificadas ano após ano.
É extremamente importante nunca deixar de se vacinar, pois o organismo precisa estar sempre protegido contra as novas cepas”, recomenda. Estudos apontam que a vacinação é o melhor método de prevenção contra o vírus, pois reduz de 39% a 75% a mortalidade por complicações.
De acordo com Dr. Nelson, a gripe está associada às estações mais frias do ano.
O vírus permanece ativo o ano inteiro, mas a diminuição da temperatura, a baixa umidade do ar e o maior nível de poluição atmosférica, favorecem a transmissão do influenza”, explica. Doenças como sinusite, otite e pneumonia também são características da época e podem se manifestar como complicações da gripe.
Todo ano, o influenza afeta entre 20% a 30% das crianças e cerca de 10% dos adultos. O médico destaca que o público infantil e gestantes fazem parte do grupo prioritário nas campanhas de vacinação, pois têm grandes chances de desenvolver outras enfermidades.
A gripe deixa o organismo ainda mais debilitado e diminui a imunidade, servindo de porta de entrada para quadros mais graves. Os pequenos estão desenvolvendo seu sistema imunológico e mulheres grávidas ficam mais suscetíveis à contração de infecções”, esclarece.
O médico enfatiza que os métodos preventivos são a melhor forma de evitar a contaminação.
Lavar sempre as mãos, manter-se hidratado e evitar lugares sem ventilação estão entre alguns cuidados que podem ser priorizados, porque afastam a infecção. A vacina é fundamental para se proteger”, finaliza.
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