Aquele desejo incontrolável de possuir um logotipo de luxo estampando no produto faz a indústria da pirataria encontrar consumidores dispostos a pagar quantias diferenciadas.
O problema é que muitos não sabem diferenciar e acabam sendo enganados, adquirindo produtos falsos. Confira algumas dicas de como identificar o produto original.
De acordo com a especialista no mercado de luxo, Carolina Boari, a pirataria ocorre quando um bem similar se apropria, indevidamente, de elementos essenciais que constituem o objeto protegido por lei. No campo da contrafação, há as réplicas, que se dividem em primeira e segunda linha, de acordo com o grau de perfeição.
A réplica mais perfeita, de primeira linha, refere-se ao produto no qual a qualidade é similar ao original. Réplicas de segunda linha são mais baratas em relação às de primeira linha, apresentando qualidade inferior”, explica Carolina.
Verdadeiros x Falsos
Os produtos de luxo comprados em lojas de marca ou lojas de departamentos licenciadas possuem preço elevado, certificado de autenticidade e, em alguns casos, número de série. Porém, há leilões de artigos de luxo e até brechós que oferecem produtos com pouco uso a preços mais acessíveis.
Para não adquirir um produto falso na hora da compra, alguns detalhes devem ser observados pelo comprador. Por exemplo, artigos de luxo originais apresentam alta durabilidade, constituindo um investimento em longo prazo.
Os materiais utilizados na confecção de um produto de luxo são de qualidade superior, com acabamentos impecáveis, passando por uma criteriosa avaliação de qualidade e inspeção individual de cada detalhe.
O couro utilizado em uma bolsa de luxo é macio, original e possui a mesma coloração em toda peça”, exemplifica Carolina.
Artigos de luxo não apresentam partes coladas. Cada junção é costurada por um padrão e simetria, que não apresenta fios soltos. Os zíperes deslizam com facilidade, ou seja, não enroscam ou travam no forro do produto.
Ao comprar um artigo desse segmento em brechós ou leilões, o consumidor deve exigir o certificado de autenticidade ou uma avaliação realizada por profissional habilitado”, lembra a especialista.
Falsificações mal sucedidas apresentam acabamentos de qualidade ruim, com logotipos assimétricos e nome da marca escrito de forma incorreta. As ferragens de bolsas, sapatos ou carteiras, por exemplo, descascam com o passar do tempo e perdem a cor. Artigos verdadeiros sofrem efeitos do tempo e uso, porém o envelhecimento é “natural”, desde que não deteriore a qualidade do produto.
“Artigos de luxo possuem etiquetas com o país de procedência, como, por exemplo, made in France ou made in Italy”, afirma a consultora.
Já os artigos pirateados são encontrados em ruas, comércios populares, ao contrário dos verdadeiros que possuem uma logística selecionada. Na internet, muitos sites se passam por verdadeiros com a promessa de ofertas ou descontos.
O consumidor deve pedir mais de uma foto do produto, pois vendedores virtuais não possuem estoques dos produtos e recebem dos distribuidores uma quantidade reduzida de imagens com um padrão estabelecido”, conclui Carolina Boari.
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