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Não são poucos os filmes, séries e livros que dramatizam as consequências do alastramento de doenças pelo mundo. Boa parte destas narrativas conta com um apelo quase apocalíptico e apresentam situações absurdas, quase fantasiosas que só poderiam acontecer na ficção.
Porém, como disse Oscar Wilde: “a vida imita a arte mais do que a arte imita a vida” e com a pandemia não foi diferente. O avanço da doença pelo mundo tornou realidade tecnologias e situações que antes eram destaque apenas nas histórias de ficção cientifica. O médico e gestor de saúde Marcelo Marçal usou sua experiência na área e também o fato de ter atuado na linha de frente do combate ao novo coronavírus para construir um enredo instigante e repleto de reviravoltas do livro ICTUS: o prisioneiro sem nome.
Autor de uma obra que retrata um mundo pós-pandêmico, identificou pontos em que realidade e ficção convergiram. Abaixo, Marçal lista as inovações tecnológicas e dinâmicas sociais que parecem ter saído dos livros de ficção e já estão entre nós. Confira!
- Mutações virais aceleradas
Ficção: na narrativa de Marçal, a pandemia chegou a ser controlada, porém os casos voltaram algum tempo depois, pois o vírus havia sofrido mutações.
Realidade: desde o começo da pandemia o mundo já presenciou algumas variantes: Alfa, Beta, Gama, Delta, Mu, Lambda e agora a Ômicron.
- Sensores que detectam vírus
Ficção: Em ICTUS: o prisioneiro sem nome existe o Hope, um sensor instalado no braço, que detecta a presença do vírus, em tempo real, como um scanner.
Realidade: biossensores para detectar vírus já estão em desenvolvimento em vários lugares do mundo. Eles poderão escanear ambientes e até a carga viral no organismo nas pessoas.
- A vida no novo normal
Ficção: na história de Marcelo, a pandemia virou endemia no ano de 2027. O tão falado “novo normal” acabou por se tornar a realidade.
Realidade: esse conceito nada mais é do que a busca do ser humano pela normalidade e faz uma profunda reflexão sobre a confiança de um futuro melhor.
- Exclusão sanitária dos mais pobres
Ficção: a detenção exclusiva do scanner Hope em escala mundial por uma empresa privada prejudicou os menos favorecidos e criou uma espécie de “casta de excluídos sanitários”.
A tecnologia foi adotada no mundo todo, mas os verdadeiros interesses da companhia com esta ferramenta talvez não sejam tão nobres assim. Ao ser procurado para assumir a defesa de um caso, um jovem advogado é envolvido em uma trama cheia de reviravoltas e segredos que pode mudar o rumo da humanidade.
Realidade: no mapa global da vacinação alguns países africanos demoraram para receber as primeiras doses e 17 dos 20 países que menos aplicaram doses no mundo estão na África.
Você quer saber mais sobre como o mundo vai lidar com a pandemia se ela ainda existir em 2027? Então coloque ICTUS: o prisioneiro sem nome na sua lista de leituras! Na trama, uma poderosa empresa de tecnologia, a SafeLife, desenvolveu um sensor chamado Hope, que identifica a presença do vírus em tempo real.
Sobre o autor: Marcelo Marçal nasceu em Santo André, São Paulo, onde vive hoje com sua esposa e dois filhos. Formou-se em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mais tarde especializou-se em Nefrologia. Montou uma empresa de diálise hospitalar em São Paulo, tendo nela atuado por 21 anos, inicialmente como médico Nefrologista e posteriormente como gestor, até sua venda em 2019, quando passou, também, a dedicar-se a escrever seu primeiro romance: ICTUS – O prisioneiro sem nome.
Redes Sociais:
Instagram: @marcelo_pmarcal
Facebook: @marcelomarcal.escritor
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